O segmento da indústria cerâmica estrutural é um dos mais importantes para a economia do Rio Grande do Norte. A cadeia produtiva soma um total de 206 empresas que estão distribuídas em 39 municípios e concentradas em três pólos regionais: Seridó, Apodi/Assu e na Grande Natal. O que determina a localização das empresas nessas regiões é a disponibilidade da matéria prima, ou seja, à proximidade em que se encontram as minas de argila das empresas.
INVESTIMENTO - Os levantamentos com relação ao investimento no setor indicam que nos últimos 10 anos a indústria cerâmica no Rio Grande do Norte tem crescido significativamente. Crescimento esse que se dá pela consciência de muitos empresários, que sabem que para agregar valor ao produto, precisam melhorar o processo de produção. Para isso buscam introduzir tecnologias que melhorem a qualidade e competitividade dos seus produtos, investindo em fornos para melhoramento da queima, na compra de novos equipamentos, na capacitação técnica de funcionários e na mudança de gestão, levando também em consideração sua própria capacitação.DESENVOLVIMENTO - A expansão das empresas e a introdução de melhorias no setor têm sido promovidas por meio de recursos próprios e de programas como os Arranjos Produtivos Locais (APLs). Esses projetos contribuem para o desenvolvimento das empresas que fazem parte do grupo do arranjo produtivo.
OBJETIVOS - Uma das prioridades do setor tem sido a busca por uma maior valorização da atividade, mais profissionalismo e organização. Em busca disso o Sindicato da Indústria Cerâmica para Construção do Estado do Rio Grande do Norte (Sindicer-RN), que representa o segmento no Estado, vem promovendo projetos e atividades objetivando a integração dos empresários com o mercado e a sociedade como um todo.ORGANIZAÇÃO - De acordo com dados levantados recentemente numa pesquisa realizada pelo Sindicato em parceria com o SENAI/RN, 55% das empresas estão organizadas juridicamente como limitadas, 31% individuais, 7% como associações, 2% como cooperativas e 5% são informais. Quanto à propriedade das empresas, a pesquisa detectou que em 78% dos casos os dirigentes são proprietários, em 13% são arrendatários, em 7% a propriedade é comunitária e em 2% as empresas são particulares, mas funcionam como comunitárias.
PRODUÇÃO - A produção da indústria cerâmica no Estado gira em torno de 80 milhões de peças/mês, sendo 50.186 milhões delas telhas, o que faz do Rio Grande do Norte um dos maiores fabricantes do produto no País. A cidade de Parelhas é onde se concentra a maior produção de telhas do Estado o que rende ao município o título de Capital Estadual da Cerâmica. Juntas empregam cerca de seis mil trabalhadores.DEMANDA - A demanda na indústria cerâmica por setor da economia se distribui da seguinte maneira: um terço para o pequeno consumidor, um terço para os depósitos de vendas de produtos cerâmicos e um terço para as empresas do setor da Construção Civil. Mas boa parte, cerca de 97%, da produção de telhas da região do Seridó é exportada para os estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, enquanto a produção da região Assu é quase totalmente comercializada internamente, sendo apenas 20% vendida para outros estados. Já as peças de cerâmica estrutural fabricadas nas indústrias da Grande Natal são integralmente comercializadas no Rio Grande do Norte.RECURSOS NATURAIS - Atualmente as cerâmicas consomem mensalmente cerca de 174 mil toneladas de argila, 106 mil metros cúbicos de lenha e 2.500.000 quilowatts de energia elétrica. Na maior parte das cerâmicas a lenha ainda se constitui como principal fonte energética, mas a implantação do gás natural já é uma realidade.
INATIVIDADE - Do total de 206 empresas existentes no Estado, 159 estão em plena atividade. Entre as cerâmicas paradas, 12 estão em processo de implantação/reimplantação, 14 estão improdutivas e 21 desativadas.
FONTE - SITE DO SINDICATO